"--- Por favor...cativa-me!"
As pessoas destestam ficar à deriva e procuram de alguma maneira pertencer a alguém ou a algum lugar.
Podemos discutir se criar laços é realmente necessário, mas não podemos ser indiferentes que este é o desejo da maioria das pessoas. Elas querem uma tribo, marcas, âncora, planos, segurança e comprometimento.
Porém, há o medo da decepção!
Há o medo de oferecer muito e receber pouco de volta.
Há o medo de fracassar às expectativas do outro!
Há o medo da medida!
De ser medido!
Ou de medir errado!
Triste político...as pessoas ao escolherem você não tinham nenhuma certeza se fizeram a melhor escolha. Viva com isso!
Elas passam todo o mandato esperando uma confirmação.
Quem o escolheu teme confimar a escolha errada.
Quem não o escolheu torce contra você para que prevaleça o palpite de que você não era a melhor escolha.
Eu me pergunto sobre a insensatez de uma raposa, símbolo da liberdade, implorar para ser cativada e a conclusão a que chego é de que a insensatez é apenas aparente. A astuta raposa nada oferece em troca da felicidade promovida pelo pequeno príncipe e, de modo sutil, lhe impõe o dever de fazê-la feliz. Basta considerar que o segredo com que ela o presenteia não passa de uma maldição: tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.
Coitado do Pequeno Príncipe! Percorreu planetas procurando amigos e descobre que para ter êxito neste propósito precisa prender quem tem a necessidade de se manter preso.
É um preço muito alto a ser pago para que as pessoas lembrem de você ao verem os campos de trigo, a ingratidão da raposa é declarada, como alguém conformada com a decepção e que tenta a sorte com indiferença:
"--- Eu não como pão. O trigo para mim não vale nada. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é muito triste! Mas tu tens os cabelos dourados. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará com que eu me lembre de ti. Eu amarei o barulho do vento no trigo..."
Dar significado ao trigo e ao vento são tarefas que a raposa, com toda a sua habilidade, faria sem a colaboração de ninguém.
Hy Ho!
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