--- É o regulamento.
--- Não compreendo.
--- Não é para compreender.
Que tragédia!
Diz o regulamento que o Poder Público deve ser impessoal e os colaboradores solicitam favores pessoais.
Portanto, a um agente político correto foi consagrada a atribuição de irritar as pessoas e, com isso, perder supostos eleitores e colher o desprezo do rei, do vaidoso, do beberrão e do empresário.
Difícil é explicar e, até mesmo, se auto convencer de que, como políticos, estamos a serviço de todos e não somente dos nossos.
--- Eu executo uma tarefa terrível.
Ouso apontar o engano de quem pensa que conceder privilégios seja mais vantajoso que negá-los. Ambos os casos são fontes de tormentas e, assim sendo, não se afligir diante dos assédios e cumprir o regulamento pode resultar em saldos mais benéficos posteriormente.
Dado ao comodismo da maioria, poucos serão inconvenientes - até para si próprios - em procurar alguma coisa em algum lugar quando convencidos de que já não irão encontrar.
Também é possível notar que educar é um gesto de coragem e renúncia. De não corresponder a muitas expectativas e de tolerar as ameaças de retaliações e revide. De disposição... para acender e apagar repetidamente o lampião!
Daí, a sensação e aparência de tolice.
É exaustivo ser fiel ao regulamento (ô se é !), porém é inútil ou desastroso fugir desta responsabilidade, principalmente, quando se é o único determinado a cumpri-lo.
Quando descansar?
Quando o mudar o regulamento ou a conduta das pessoas?
Hy Ho!
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