"--- Não é verdade que tu me admiras muito?"
Vida de político é uma eterna competição!
Quando acaba a eleição geral, começam as eleições para líder da bancada, para a Mesa Diretora, comissões temáticas, diretórios partidários e novas eleições gerais.
Político vive da reputação construída e luta para a manutenção da imagem. Para isso a vaidade deveria ser pré-requisito? Será que o contrário da timidez precisaria ser a vaidade ou o exibicionismo?
Não sei, mas o vaidoso terá menos dificuldades em todo o processo.
Se um político vaidoso não é o ideal passa a sê-lo, a partir do momento em que não haja outro perfil disponível, porque a política é uma esteira de eleições.
Para ser eleito, o político precisa acumular mais elogios do que críticas.
"--- Bate tuas mãos uma na outra"
E mesmo que o agradecimento do vaidoso erguendo o chapeu seja divertido depois do aplauso, depois de cinco minutos a ludicidade se perde e o exercício fica monótono.
"--- Admira-me..."
Deprimente é essa dependência suplicante e, ainda por cima, alienada do significado de admiração.
"---Que quer dizer admirar?"
"--- Admirar significa reconhecer que eu sou o homem mais belo, mais bem vestido, mais rico e o mais inteligente de todo o planeta."
Isto é, simplesmente uma pessoa perfeita diante do senso comum. Portanto, o candidato que merece ser eleito.
Estar convencido de ser o melhor é o primeiro passo para convencer outras pessoas, mas será que cola?
De incertezas em incertezas, o núcleo inicial se constitui de admiradores profissionais.
"--- Mas de que te serve isso?"
Talvez para nada ou a badalação seja, de fato, o suficiente. Porém, é muito útil para os admiradores profissionais que apenas possuem a bajulação como mercadoria.
Neste mercado intangível perde lastro a gratidão, sempre vista com desconfiança.
Muitas vezes, a Agenda do político é consumida para driblar ou atender a expectativa dos fisiológicos, um grupo formados por tantos outros vaidosos.
Hy Ho!
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